Aloha!

Queridos amigos,

Decidimos continuar com o nosso blog e dividir com vocês mais algumas coisinhas do casamento.
Beijos,
Suemer e Gustavo

segunda-feira, 14 de março de 2011

Discurso

Acho que teve gente que ficou com água na boca para saber o que escrevi e li de tão especial na festa de noivado. É claro que vou compartilhar com vocês!
Para entender, eu fui interpretando minha cartinha (que foi rascunhada na véspera, de madrugada) e lembrando de trechos de músicas. Onde as letras estiverem de vermelho são comentários meus. Vamos lá:

Bom,
Quando comecei a pensar como seria o nosso noivado oficial, com as nossas famílias juntas, um turbilhão de ideias se passaram pela minha agitada cabecinha.  O que fazer? O que falar? O que resolver nesse dia? Li por aí que este é o dia em que as famílias comemoram e já fazem planos e os pais dizem como (e com o que) vão ajudar. Alguns casais convidam os amigos íntimos para anunciar a boa nova - coisa que nós não conseguimos guardar por muito tempo. Há aqueles que fazem uma grande festa. Mas outros, assim como nós, reúnem só os pais e irmãos, sobrinhos - pessoas mais importantes de nossas vidas.
Pensei sobre o que falar e como gosto de escrever, e escrevo muito, fiquei com receio de não conseguir chegar ao fim, devido à agitada Luísa (que não vai entender muita coisa). Fiquei também com receio de não agradar a Sara e a Lanusse com lenga-lengas (apesar de saber que minha irmã também é romântica) e, ainda, de morrer de vergonha e matar o Gustavo de vergonha. Nelcy e minha mãe sei que vão gostar. Enfim...
Nosso tempo de namoro não é tão longo, mas temos muitas histórias para contar. Acho que nosso romance é meio musical e tem duas músicas que são a nossa cara. Uma é mais parecida com o Gu, é do J-Quest e diz mais ou menos assim: "Ela me encontrou, eu tava por aí num estado emocional tão ruim, me sentindo muito mal... errando de bar em bar... ela demonstrou tanto prazer de estar em minha companhia, eu experimentei uma sensação que até então não conhecia, de se querer bem, de se querer quem se tem". 
Nos conhecemos no lugar mais improvável de um romance acontecer: balada (que eu nem queria ir e nem ficar), fim de festa, cantadas baratas... Um escorregão meu (ele diz que foi proposital), sorrisos, olhares... Tão educado, papo bom, ficamos mais de uma hora centrados numa conversa legal, sem intenções e com uma troca de telefones no final. A partir daí foram telefonemas, bolos, saídas, falta de pedido oficial - namorados ou não?
Conversas, papos, sorrisos, muitos sorrisos. Nossos encontros eram sempre divertidos e queríamos saber mais e mais um do outro. As expectativas aumentaram, o amor foi surgindo. Ele nem pensava em namorar. Eu nem imaginava que daria certo e tinha um monte de dúvidas, inclusive sobre as intenções do rapazinho.
Engraçado que fiz tudo diferente do que estava acostumada e acabou que com minha atenção acabei fisgando o coração do moço. Ele, dedicado, acabou me conquistando. Nos fazíamos bem e não éramos apaixonados. Amor e paixão foram acontecendo simultaneamente. "Ela me faz tão bem que eu também quero fazer isso por ela". Estratégia de relacionamento? Não! Providência divina em tempos que se torna cada vez mais difícil acreditar no amor, tempo em que as pessoas são usadas e os objetos são amados.
Apesar de todos os percalços da vida, sempre acreditei que alguém muito especial estaria sendo preparado pra mim e eu para ele. Tudo o que ele e eu vivemos no passado serviu de experiência para sabermos dar valor e reconhecer o presente que Deus estava nos enviando. E Deus havia me prometido isso.
Antes, eu costuma perguntar pra minha mãe como saberíamos quem seria a pessoa escolhida - vocês sabem dessa história. (Aqui olhei para os meus pais)
O Gustavo me proporciona um sentimento de proteção, paz, certeza e tranquilidade no relacionamento. Lembrei de uma música, Amor (aqui falei diretamente pra ele): "Que bom que seu amor me escolheu, que bom que seu sorriso trouxe a força, me deu coragem e o bastante pra dizer que posso seguir tranquila... eu posso chegar bem longe".
O Gu costuma falar que nossa escolha não tem 'poréns': adoramos a família um do outro, nos admiramos, temos paciência com os defeitos um do outro, estamos no caminho do diálogo aberto e temos uma vontade gigante de sermos pessoas melhores.
Ah... e a música eu considero que representa toda nossa história de vida antes e depois que nos conhecemos, e que é a nossa cara, é uma poesia do Nando Reis que fala do amor que ficou guardado porque não pudemos ou soubemos dar. Acredito eu que foi justamente porque o melhor de mim sempre esteve guardado pra você e o melhor de você sempre esteve guardado pra mim, porque temos sorte e, principalmente, porque Deus nos escolheu e nos abençoou.   Lembra da música?
"Pra você guardei o amor que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar e repartir
Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar e permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar
Guardei sem ter porque, nem por razão ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder, no fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar"
FIM!
E foi assim que eu fiz a minha declaração de amor. Até suei. rs

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